11/12/2011

dentre minhas entranhas

Poderia ser sobre religião, sexo, arte, guerras, amigos, política ... Nada das ideias parecia-me sustentar, de fato, um motivo para escrever, o que eu queria mesmo, ainda quero, é escrever sobre o desinteressante fato de sobreviver sem uns e outros, sobre o que senti nesses últimos dias que me mudaram como se fossem anos... E se quer saber, já não me importo como escrevo, se bem, se mal, se pontuado corretamente, se possui coesão ou coerencia, erros ortagráficos ou até mesmo se agrada quem vai lêr, se é que alguem lerá.. Escreverei pela veneração, estima e afeto que acabam de morrer em mim e daqui para frente, o que vier a ser escrito tem como proposito confundir o seu ser com o meu e juntos  perderemos a nós mesmos, assim, sem usar superlativos ou qualquer outra coisa que adjetive sentimentos, nós não precisamos disso a partir de agora, o que escreverei vai se tornando tão forte que me envolvo em mim mesma e não me conheço, transbordando-me em sensações alheias. Conhecia as regras do escrever, sem suspeitar que começava a conhecer também as do amar. O que hoje é tufão em sentimentos, faz-lhe perder o sono, amanhã estará quietinho em memória, não se aflija. A adolescencia não é rídicula neste ponto?Ando tendo vertigem e enjoos, ando gostando cada vez menos do ser humano, que cada vez mais se afunda em hábitos que causam-me nojo, mentindo, usando de indiretas baixas para atingir, achando que são donos de outras pessoas... prefiro o naufrágio da minha existência inteira a ser como eles... Vou tentar parar com isso, vou tentar esquecer o que foi passado, vou  até tentar te desejar o bem, como uma espécie de ressureição vaga da minha própria plenitude... Há tempos não me sinto inteira, não consigo mais eternizar meus sentimentos.
Tento achar palavras para conseguir explicar como foi aquele olhar e o que fizeram comigo depois dele. Eu jurava ser verdade, eu acreditei mais neles do que em mim mesma. Devia ser lei: Olhares não podem mentir.
Mirava suas mentiras em meus olhos e em seguida desviou o olhar para o chão, eu fiz o mesmo... Ele olhava para baixo apenas para observar as pedras ao lado de seus pés. Qualquer um que passasse concluiria que a menina que tinha  sorisso largo, agora com feição séria, olhava para dentro de si mesma.
E cada vez mais ia me sentindo muito mais mulher do que ele era homem, até por isso te peço dessa vez em murmurio: me perdoa? Você deveria lembrar que também erra, que também esconde, que também julga... a alma é cheia de mistérios, não é?
Queria te olhar mais uma vez e ter a lembrança boa de antes, ter o sentimento de antes, ficaríamos ali, em silêncio, somando nossas ilusões, nossos temores e começando já a somar nossas saudades, não duraria muito a nossa despedida, mas, quando se trata de talvez ser a última visão, a ultima escolha, me pareceu é infinito. Tem algum exagero nisso, mas, não se esqueça que é a emoção do primeiro amor!

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