10/05/2014

Te peguei pelos dedos pra dançar enquanto o sol demora...

Quando você não esperar vai doer e eu sei como vai doer e
vai passar como passou por mim e fazer com que se sinta assim, como eu sinto
Nunca (nunca mesmo) fui boa com datas, nem para as boas, nem para as ruins.
Quatro noites, duas eu sonhei com você. Tá, poderia ser só um sonho e foda-se mas não posso negar que acordei triste (pra caralho) por tudo isso, sabe?
To de TPM,  to querendo colo, to querendo chocolate, to querendo dormir para esquecer tudo o que está acontecendo... Os problemas não são meus, comigo tá tudo ok mas, vou contar uma coisa para vocês, pensar em perder um alguém que passou 12 dos meus 20 anos aqui do meu lado, me da um aperto, uma vontade de correr para o abraço de alguém que não existe e ficar lá até esquecer isso, até melhorar essa merda, até eu me sentir nova de novo para poder continuar...

Enfim, me toquei que é Maio, eu sempre odiei Maio.
Odeio Maio por não ser frio nem calor! Esse meio termo me assusta e eu nunca sei se devo sair ou não de blusa. Odeio Maio porque eu acho (ACHO) que fará um ano que não resolvi da melhor forma os meus problemas, um ano que minha mãe chorou comigo na cama fazendo carinho no meu cabelo e me pedindo para continuar a seguir, independente de qualquer coisa. Um ano que eu tive que ligar para as minhas amigas de madrugada pedindo para elas virem me salvar porque eu tinha perdido o rumo, o chão, o teto, o meu tudo, o meu antigo tudo. Foi foda. Acho que tirando a morte da vovó (que saudade da senhora) nada me doeu mais até hoje e nem me tirou tantas lágrimas. Foi como uma morte mesmo e demorou um bom tempo até que eu saísse do luto, isso é, nem sei se sai de verdade porque, pra mim, ferida cicatrizada não dói. Então, tudo bem sonhar mas ficar triste com isso me perturba bastante.

Eu lembro que no sonho de hoje eu te perguntava se aquilo era real porque eu ficaria muito triste em acordar e ver que continuávamos na mesma merda (sou patética até em sonho, QUE BOSTA) haha

E ai eu te pedia para que me deixasse te esquecer logo e que você me esquecesse também. Você tentava argumentar dizendo que não fazia mais nada, eu te interrompia dizendo que o nosso laço continuava muito forte e você sabia disso. Que quando você ficava triste do nada, na realidade, era eu que estava triste e você sentia aquilo, da mesma forma que eu te sentia também.

Você continuava me olhando sem entender, e eu continuava assim mesmo o meu discurso "nada-com-nada" (como sempre fiz). Você tentava negar, mas, ainda estamos ligados de alguma forma e precisamos muito cortar esse nosso vinculo... Eu te dizia que era amor de mais e não poderia continuar sendo assim. Eu queria passar uma borracha em você e esquecer tudo. Eu não queria mais o seu bem nem o seu mal, eu queria não te desejar mais nada, porque eu queria te esquecer, fingir que isso tudo nunca aconteceu. Ir embora e não deixar marcas e queria que você não deixasse marcas em mim também.

Eu te contava que odiava o fato de não me lembrar bem do seu cheiro mas odiava ainda mais lembrar dos seus olhos quando olhava os olhos de outro alguém. Você continuava me olhando e mexendo nas minhas mãos e eu tentava te convencer que da forma como nos acabamos o tudo, esse tudo tornou-se um fantasma que não me deixava andar tranquila no metrô, no cinema, no shopping como se eu devesse alguma coisa e por isso precisasse fugir de você. Quando, na realidade, dentro do possível, eu tentei desde o início, fazer isso certo para que esse nosso laço fosse desfeito para sempre.

Acordei.

Então é isso, há tempos eu não me machucava com essa historia mas hoje doeu um pouco (pouco é pouco, muito é muito, contento-me com o doeu, a medida da dor deixo para você imaginar) e eu quis te contar por aqui (como sempre te conto algumas coisas).

Na real, eu queria pausar o tempo e me deixar curar mas eu sei que não dá, não dá. Isso já faz muito tempo e tem coisas que não tem conserto mas, ao mesmo tempo, parecem não ter cura. Falando nisso, quem disse que o tempo cura, mentiu. O tempo tira do foco, só isso. E, eu estar escrevendo esse texto um ano depois, prova isso.
Você sabe, eu nunca gostei de nenhuma forma de escapismo!
Eu gosto de me entender, eu gosto de saber exatamente o motivo no qual me faz continuar e o que ainda me prende de alguma forma. Eu sei que você não é assim, eu admiro a forma na qual você maquia as coisas e continua sempre bem mas, por um segundo, veja as coisas como eu vejo, sinta as coisas com eu sinto e me conta, se você não estivesse fugindo, se você se permitisse por um segundo se sentir de verdade, sem nenhum escudo, sem nenhum medo, como você estaria agora? Como você está sentindo? (,:

Bom, se tudo continuar dando certo (espero que sim) no nosso próximo Maio eu não estarei mais aqui, logo menos o caminho será estrada e eu não vejo a hora de seguir e estar horas e horas longe de tudo e separada de todos vocês por um oceano, falta pouco e vai dar certo. No nosso próximo Maio nada mais irá sufocar. No próximo Maio quero a Re e você novinhos em folha. E chega de textos esse mês, ele não merece uma virgula do nosso amor. Até junho! s2

Como eu vejo como eu vivo
como eu não canso de cantar,
eu sei que vai ouvir,
eu sei que vai lembrar,
vai rezar pra esquecer,
vai pedir pra esquecer,
mas eu não vou deixar,
eu não vou deixar

02/05/2014

I'll let you stay with me if you surrender

 
Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade
 

Você nunca me trouxe paz, nem um pingo de paz, sempre foi desassossego!
Foi choro, foi briga, foi risada, noites acordada pensando no que fiz....
No que não fiz, no que deveria ter feito. Não mudo quase nada! QUASE...
Foi meu estrago, foi o meu erro cometido inúmeras vezes, foi tanta coisa e continuará sendo.
Continuará sendo porque eu escolhi que fosse assim.
Eu escolhi não deixar morrer, eu escolhi te eternizar aqui em mim.
Eu escolhi te amar para sempre, para longe, para o meu perto, para o meu nunca.
Para seu sossego, para o meu sossego, para o nosso desassossego, para o sossego delas e de todo mundo.

Era desapego, virou muito apego, virou nada e agora é desapego mais uma vez! (te conto melhor em outro texto)
Nunca foi vingança (mentira, foi sim), mas que se foda, eu erro também
Nunca foi amor de roteiro (mentira, foi sim), mas que se foda, você erra também.

Sempre foi erro e continuará sendo.
Mesmo que a gente acerte, mesmo que tudo esteja certo, será erro, será nos dois, nos três, nos quatro, nos cinco, nos muitos, como sempre fomos.
Um mais um dando muitos e muitos e muitos.............
Erramos ai, vamos deixar eles lá fora.
Erramos mais uma vez, é muito mais quente com eles aqui dentro.
Nada mais justo: o que nos une, nos separa. Continuamos ai, no nosso eterno erro!   

Eu não sei se continuo errando por não tornar as coisas explicitas, não te contar isso, não te dar o seu sossego ou talvez tirar o seu sossego.
Eu não sei se continuo errando por não deixar que outros entrem quando tudo tornou-se tão aberto da sua parte, quando você me tornou tão desinteressante, tão opaca, tão exausta correndo atrás do que não existe (existe sim, porra)
 
Eu não sei, nunca soube, só sei que eu te amo mesmo!
Te amo porque você nunca me trouxe a sensação de falsa paz
te amo porque você nunca me pediu pra voltar
te amo porque você não me atrapalha agora, não me guia, não me segura, não me prende
te amo porque sim, porque você me fez perceber todos os sim's a minha volta...
E com todos os erros, com todos os desacertos, com todas as interrogações e textos não muito bem escritos molhados de lágrimas minhas e suas, eu te amo porque você voltou, eu sinto que voltou.
Não precisa vir falar, não precisa ir mostrar, não precisa nem saber, você voltou s2
Por isso eu te amo, por isso eu sempre vou te amar!
Por isso eu te quero aqui dentro, não lá fora.
Por isso eu te amo mas a gente só se acertará em outras vidas, em outros tempos.
Vai, vai sim. Vai e não volta, eu te amo, mesmo aqui, estou com você

Ame o amor do desapego
O amor da liberdade
Não o amor de grades enferrujadas, do calabouço do ego.
Não o amor da insegurança, da vingança cega.
Não o amor que aprisiona, que destrói
Ame o amor sem tempo para acabar, sem hora de chegar.
Não o amor formatado, o amor enlatado, desses que se vende a qualquer um.
Ame o amor da plenitude, da poesia.
Não o amor com roteiros, esse de falsa alegria.
Ame o amor que permite o perdão, que consente o erro e o acerto.
Não o amor perfeito.
Não existe amor perfeito.
Não existe perfeição.
Ame o que se pode amar, o que se pode ser...
Não a ilusão descabida, cheia de floreios falsos.
Ame quem se pode viver de verdade.
Não o que se faz por cobrança ou obrigação.
Ame o amor sincero, entregue com virtudes e defeitos.
Não o amor do castelo, das histórias mentirosas de amor.
Apenas ame, se for capaz...
Se não for... não é amor...
é falsa paz.