22/07/2013

A falta que faz é maior que o erro, mas não, hoje não, não agora. Repito a mim mesma, quietinha Renata. Tudo ao seu tempo

16/07/2013

"Sabe... Às vezes dói lá no fundo. Em uma parte do meu coração que eu insisto em esconder para todo o mundo que existe. Hoje foi mais um daqueles dias. Aconteceu. Sonhei com você. Sonhei que tínhamos voltado a nos falar, só isso. Não éramos namorados, amantes ou sequer nos amávamos  Mas nós éramos amigos, como sempre fomos antes de tudo dar errado. Será que você também sente falta? Eu sinto. Sinto falta das coisas simples, do seu sorriso, do seu cheirinho e do seu jeito bobo de dizer que me amava mesmo quando eu não queria saber o que era amor. O problema foi que eu descobri o que era amar tarde demais.

Descobri que te amava quando te perdi. Parece clichê, mas foi. Nós fomos um filme americano - daqueles bem clichês - que eu não me cansaria de assistir. Exceto pela parte em que não tivemos final feliz. Não tivemos final algum. Não sentamos em uma mesa e decidimos que seria melhor assim. Não houve lágrimas, apelos e nem confissões de última hora. Nós apenas nos afastamos, como quem não aguenta mais sofrer e amar ao mesmo tempo. Nos afastamos achando que um dia a vida nos colocaria juntos de novo. Mas sabe qual o nosso problema? Somos exatamente iguais. Você talvez um pouco mais sentimental. Eu talvez um pouco menos vingativa. Mas no fim do dia, os dois acham que merecem um pedido de desculpas. E eu não tenho o costume de pedir desculpas a ninguém. Me arrepender, só do que não fiz.

Então eu te deixei livre. Te deixei partir. Desejei um infinito de coisas boas que não desejo nem para mim. Baixinho, pedi para que você fosse muito feliz. Torci para que você encontrasse uma garota que soubesse valorizar tudo aquilo que eu não valorizei. Não tenho rancor, ódio ou qualquer outro sentimento ruim. De você restou apenas saudade. Uma saudade boa. Às vezes forte demais. Às vezes esquecida. Confesso que hoje estou sentimental além da conta. Mas me perdoa vai, é que eu acordei com saudade.

Eu não espero que você um dia me perdoe, até porque eu nunca te perdoei. Mas eu sei, que lá no fundo, você também sente a mesma saudade."

Por: Isabela Freitas 

03/07/2013

O que fica depois do amor?


Depois de tudo que vi e ouvi hoje, realmente estou me perguntando: O que fica depois do amor? 


"Ficam porta-retratos sem fotografias, 
o abajur apagado em cima da escrivaninha, 
os cacos espalhados no tapete da sala, 
cartas incineradas e esquecidas em uma gaveta qualquer, 
as lembranças, a mágoa, a saudade, o desassossego, 
a esperança, a tentativa de escrever uma poesia, 
de compor uma canção (...)"

O que mais doeu foi perceber que pra mim, coincidentemente, também havia ficado a blusa. Sim, em cima da escrivaninha, do jeito como você deixou, com aquele seu cheiro insuportável que me faz muita falta, me lembrando a todo instante os dias frios em que ela não era necessária porque tínhamos um ao outro e nada esquentaria mais que isso. Mas deixa pra lá, passou. Ficou a blusa, ficou um vazio, ficou a dúvida se um dia ela voltará a ser sua, ficou a certeza do seu medo te devorando todos os dias, ficaram as minhas mágoas e meus textos não lidos. Paciência, será na sua ausência que eu vou me achar, pelo menos espero.

E quando a peça acabou um impulso dentro de mim gritava que eu havia errado. Pois é, eu errei, mas não sozinha. Eu e você erramos juntos por termos levamos isso muito a sério. No começo era tão mais real, era tão mais nós dois é só. A merda é essa, o amor levado a sério e isso transformou o "fim" em um "fim horrível". Tudo poderia ter sido tão mais leve, mais alma, menos drama, menos briga e mais a gente, como era antes. 


"O amor é só um agora, 
só um hoje, aqui onde der 
com quem estiver." 

Por um momento, na minha cabeça, escrevi uma história sem fim! Mas como você mesmo disse, tinha que acabar. Acabou! E depois disso não da pra dizer que ficou inacabada, mas a merda é que assumir isso não alivia o peso do silêncio e da ausência que você deixou...

"No fim, você percebe que 
em algum lugar ficou um pouco de você. 
Talvez no eu te amo, no vai ser pra sempre... 
E mesmo se a decisão de partir foi sua, 
se acabou em você, 
nem sempre é menos doloroso."


O que ficou do NOSSO amor? Nessas horas eu mesma tenho vontade de desistir desse texto, quem é que me garante que foi amor?
Não quero dizer que não foi, porque eu tenho certeza que foi, MAS entenda, não ficou quase nada de bom. E isso me deixa com um lado de você que eu não conhecia, uma lado que da medo de frio. 


Não sobrou nada de bom mesmo, Renata? Nada.

Nem carinho,nem o som bizarro da sua risada, nem vontade de segurar sua mão. Bom, ficou uma vontade gritante de olhar em seus olhos e descobrir se você sempre foi o que está sendo agora ou se você era amor e se transformou nisso,se transformou em saudade, se transformou em ausência, em silêncio, em aflição para que os dias voem e principalmente, se transformou em medo... E putz, será que esse vazio é só meu? SÉRIO, ESSE NÃO EXISTIR DENTRO DO OUTRO ME APAVORA, será que você seguiu inteiro sabendo que deixou outros em pedaços? Eu não conseguiria, não mesmo.


Um grande beijo no pescoço com aquela passadinha de mãos nas costas, pra relembrar os velhos tempo. Adeus, até nunca, até sempre... Quem é que sabe? Com um pouquinho de amor, com um pouco de raiva, com pitadas de saudade e com muita, mas muita, mas muita certeza que o tempo não cura o peso da sua consciência mas amenizará o meu vazio, tem que amenizar. Cabeça e travesseiro todo mundo tem, dorme tranquilo quem consegue. Bons sonhos!