03/07/2013

O que fica depois do amor?


Depois de tudo que vi e ouvi hoje, realmente estou me perguntando: O que fica depois do amor? 


"Ficam porta-retratos sem fotografias, 
o abajur apagado em cima da escrivaninha, 
os cacos espalhados no tapete da sala, 
cartas incineradas e esquecidas em uma gaveta qualquer, 
as lembranças, a mágoa, a saudade, o desassossego, 
a esperança, a tentativa de escrever uma poesia, 
de compor uma canção (...)"

O que mais doeu foi perceber que pra mim, coincidentemente, também havia ficado a blusa. Sim, em cima da escrivaninha, do jeito como você deixou, com aquele seu cheiro insuportável que me faz muita falta, me lembrando a todo instante os dias frios em que ela não era necessária porque tínhamos um ao outro e nada esquentaria mais que isso. Mas deixa pra lá, passou. Ficou a blusa, ficou um vazio, ficou a dúvida se um dia ela voltará a ser sua, ficou a certeza do seu medo te devorando todos os dias, ficaram as minhas mágoas e meus textos não lidos. Paciência, será na sua ausência que eu vou me achar, pelo menos espero.

E quando a peça acabou um impulso dentro de mim gritava que eu havia errado. Pois é, eu errei, mas não sozinha. Eu e você erramos juntos por termos levamos isso muito a sério. No começo era tão mais real, era tão mais nós dois é só. A merda é essa, o amor levado a sério e isso transformou o "fim" em um "fim horrível". Tudo poderia ter sido tão mais leve, mais alma, menos drama, menos briga e mais a gente, como era antes. 


"O amor é só um agora, 
só um hoje, aqui onde der 
com quem estiver." 

Por um momento, na minha cabeça, escrevi uma história sem fim! Mas como você mesmo disse, tinha que acabar. Acabou! E depois disso não da pra dizer que ficou inacabada, mas a merda é que assumir isso não alivia o peso do silêncio e da ausência que você deixou...

"No fim, você percebe que 
em algum lugar ficou um pouco de você. 
Talvez no eu te amo, no vai ser pra sempre... 
E mesmo se a decisão de partir foi sua, 
se acabou em você, 
nem sempre é menos doloroso."


O que ficou do NOSSO amor? Nessas horas eu mesma tenho vontade de desistir desse texto, quem é que me garante que foi amor?
Não quero dizer que não foi, porque eu tenho certeza que foi, MAS entenda, não ficou quase nada de bom. E isso me deixa com um lado de você que eu não conhecia, uma lado que da medo de frio. 


Não sobrou nada de bom mesmo, Renata? Nada.

Nem carinho,nem o som bizarro da sua risada, nem vontade de segurar sua mão. Bom, ficou uma vontade gritante de olhar em seus olhos e descobrir se você sempre foi o que está sendo agora ou se você era amor e se transformou nisso,se transformou em saudade, se transformou em ausência, em silêncio, em aflição para que os dias voem e principalmente, se transformou em medo... E putz, será que esse vazio é só meu? SÉRIO, ESSE NÃO EXISTIR DENTRO DO OUTRO ME APAVORA, será que você seguiu inteiro sabendo que deixou outros em pedaços? Eu não conseguiria, não mesmo.


Um grande beijo no pescoço com aquela passadinha de mãos nas costas, pra relembrar os velhos tempo. Adeus, até nunca, até sempre... Quem é que sabe? Com um pouquinho de amor, com um pouco de raiva, com pitadas de saudade e com muita, mas muita, mas muita certeza que o tempo não cura o peso da sua consciência mas amenizará o meu vazio, tem que amenizar. Cabeça e travesseiro todo mundo tem, dorme tranquilo quem consegue. Bons sonhos! 


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