16/10/2012

cinema húngaro

Eu nem sei o que eu to fazendo aqui, 
eu nem sei qual motivo que eu tenho para escrever sobre isso. 
Caralho!

As regras foram impostas e eu obedeci fielmente cada conselho seu sem pensar se era isso mesmo que eu queria, sem questionar em nada as suas atitudes. 
Foi o meu ato de solidariedade no momento, pensar mais no seu bem estar do que no meu, custe o que custar... Valeria a pena pra te ver feliz!

Gosto de café amargo e mais um adeus, não sei se foi o último, mas de todos foi o que mais durou. Eu engoli a seco cada risada sua, cada piada, cada medo...  Parecia que os centímetro do seu corpo pesavam muito sobre os meus ombros. Eu nunca te contei isso e você nunca saberá. Era um favor pra mim mesma manter as coisas nesse ritmo, querendo ou não, permanecia  no controle e você não desconfiava disso e ainda conseguiria te ver feliz. O seu sorriso era o que eu mais gostava. O preço era alto e você ainda valia todo o esforço, nunca neguei isso a ninguém.

Certa noite, isso mudou (você teve a sensação que foi "do nada", mas não foi). Eu sabia que mesmo que fosse de uma forma lenta e gradual, sem a menor pressa uma hora isso ia pesar sobre a gente e não seria como antes, não conseguiríamos apagar as cicatrizes. Crianças grandes e um cobertor pequeno, sempre ia ter alguém com frio, precisávamos nos encolher mais ou perceber que era melhor dormir separados!

Mais uma vez segui o que você me disse, mas não pelo conselho ter vindo de você, porque era o certo naquele momento e eu não poderia mais ser egoísta e manter o que não era meu, dentro de mim.

.É uma questão de hábito, eu ainda lembro. Lembro e só. Sem dor , sem melancolia, sem saudade, sem amor... só lembro mesmo (tá, isso é mentira, mas como eu não sei o que é, prefiro dizer que não é). Não era pra você se sentir tão incomodado, você nunca disse que estava incomodado, por sinal, mas está ai o preço de conviver por muito tempo com alguém, tem coisas que não da pra omitir. Até por isso eu sei que você sabe: eu também me sinto incomodada 

Onde tem fumaça, tem fogo e esse é o meu medo.
O meu medo é não ter me encolhido o suficiente,o meu medo é de me arrepender de dormir sozinha hoje.
Eu sei que isso não vai acontecer, mas que dá medo, dá!

Esse é meu último suspiro por você, eu queria muito que você soubesse (mentira), mas é que lembrar não faz bem agora. Até daqui uns séculos, amorzinho. Ainda nos amamos muito, combinado? Mas isso fica pra um próximo texto!


"Quem me dera um dia, ter seus olhos cor da primavera"



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